"Não há mais como suportar essa investida insana da mídia sobre o Conselho de Sentença. Sem conhecer a prova dos autos, se tornaram useiros e vezeiros de fazedores da justiça. Não, não é assim, a coisa não pode desandar para esse lado. Se posar como vítima é muito fácil, conquanto desconhecendo a prova dos autos, essa mídia interesseira quer acalentar as supostas vítimas. Fiquei estarrecido recentemente, com um jornalista que procura influenciar e "maltratar" o Conselho de Sentença. Certeiramente, não conhece nada vezes nada da Justiça dos homens, e ainda que o conhecesse seria preciso que conhecesse a prova dos autos para elucidar com certeza um lado e o outro.

Vender notícias é muito fácil, aliás é o que se costumeiramente faz, o importante é que se venda a notícia, se é que notícia pode ser vendida com conhecimento de causa. Não me venham dizer que as vítimas são santas, principalmente nos casos evidenciados, nenhuma delas eram, quem plasma o crime sofre as consequências dos seus atos. Destarte, ouso na minha infinita pequenez, não fazeis isso pelo mero aspecto monetário de vender jornais. Isso não é justo. Assolam os direitos humanos, mas fica a pergunta ao editor ao o dono do "jornal", por acaso sabeis se um dia um ente querido, e que Deus o proteja, de Vossas Excelências estiver no banco dos réus, já que a premissa nos indica que não sabemos o dia de amanhã? Não procurarias a Justiça na medida certa?

Findo este manifesto de repúdio, não pela livre imprensa, entretanto, fica o meu repúdio àqueles que pressionam os jurados sem nenhum conhecimento de causa. Fica o alerta, não penseis que estais acima do bem e do mal. Um dia a vítima pode ser o réu, o réu pode ser a vítima, e nesse embrolho todo irão precisar da consciência dos jurados e de criminalista. Terminando, para aqueles que desfilam no Facebook, sem conhecimento de causa, pensando que estão imunes a tudo, que permaneçam calados na sua modesta idiotice. Somente se pode opinar sobre um assunto, quando se conhece a essência do que é lhe posto a opinar. Não sendo assim, não façam ilações e não digam besteiras pelas quais um dia possam estar passando. Lembrem-se, opnadores de ocasião, que Moisés, um homem santo também matou!"

Dr. Sílvio Lopes de Almeida Neto é um renomado advogado com vinte e cinco anos de atuação na área criminal. Ele adora defender seu semelhante e, além dessa bonita profissão, gosta de escrever crônicas nos momentos de lazer. Ele é casado com a rioesperense Drª Sara Miranda, reside na maravilhosa cidade de Rio Espera e é colunista em nosso portal de notícias.