Congonhas

Governo Municipal de Congonhas e IPHAN assinam ordem de serviço para requalificação da Romaria

12/06/2018

A região da Basílica é o espaço com maior investimento em requalificação urbana e cultural já realizado em Congonhas. Nesta última segunda-feira (11) foi dada a ordem de serviço para o início da restauração da edificação da Romaria, uma das 10 obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas aprovadas para o Município. O documento foi assinado pelo prefeito Zelinho, pela presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Kátia Bogéa, pelo secretário de Planejamento, Antônio Odaque, pela secretária de Obras, Rosemary Benedito, pelo secretário de Gestão Urbana, Sandro Cordeiro, e pelo representante da empresa Sengel Construções, José Soares Diniz.

A solenidade, realizada na Alameda Cidade de Matozinhos de Portugal, também contou com a presença da primeira-dama, Míriam Schwab, do vice-prefeito Arnaldo Osório, do presidente da Câmara Municipal, Adivar Geraldo Barbosa, do diretor do PAC Cidades Históricas, Robson de Almeida e da coordenadora técnica do IPHAN de Minas Gerais, Daniela Castro, além de autoridades, servidores municipais e população. Os representantes de Brasília visitaram, ainda, a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, que foi restaurada por meio de recursos do PAC Cidades Históricas, e será entregue à população no dia 28 deste mês.

A presidente do IPHAN, Kátia Bogéa, ressaltou que a restauração da Romaria é importante para o conjunto histórico de Congonhas, que é patrimônio mundial. Ela também elogiou o desempenho do Governo Municipal na captação de recursos pelo PAC Cidades Históricas. “Toda vez que venho aqui é um prazer e uma emoção. Congonhas, dentro do PAC Cidades Históricas, tem um diferencial em relação às outras 43 cidades que se inscreveram no programa. O prefeito e sua equipe, de forma diferenciada, contrataram todos os projetos e isso fez com que a cidade saísse à frente das outras. Por isso, temos os resultados”, reforçou.

Sobre a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, a presidente do IPHAN destacou: “Visitei a igreja hoje e é um tesouro, ela está linda! E isso nos enche de uma alegria profunda. É uma cidade que merece todos os aplausos porque dentro do programa foi uma das que mais se destacou. Parabéns a você, prefeito Zelinho, e à equipe. Isso tudo é porque trabalhamos em parceria. Essa compreensão de que a defesa da apropriação do patrimônio, que é de todos, só se faz assim, seguindo este exemplo de Congonhas. E que a sociedade possa apreciar todo esse trabalho que estamos legando para gerações futuras. Tenho a sensação de dever cumprido”.

O prefeito Zelinho também parabenizou o trabalho dos servidores municipais e agradeceu a parceria estabelecida entre o Governo Municipal e o IPHAN. “Estivemos em Brasília e falamos da necessidade de restaurarmos nossas igrejas, como a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, a do Rosário e a Basílica, que é o cartão postal não só de Congonhas, mas de Minas Gerais. Vamos restaurar a Romaria e transformá-la em um espaço todo cultural. Vamos ter sala de cinema, a Rádio Educativa, restaurantes… Vai ser um espaço para a juventude e que vai interligar o Museu de Congonhas e a Igreja da Basílica. Vamos construir um teatro também, que não estava no início do projeto, mas foi um pedido nosso e conseguimos uma verba de mais de R$ 15 milhões para construí-lo”, pontuou.

Para o presidente da Câmara Municipal, Adivar Geraldo Barbosa, “Congonhas se sente privilegiada por essas 10 obras do PAC Cidades Históricas. Não resta a menor dúvida de que Congonhas fez o dever de casa, mas também contou com a contrapartida do IPHAN. Mais uma vez Congonhas marca sua história”.

Projeto se adequa às demandas culturais da cidade

A obra orçada em, aproximadamente, R$ 5.522.977,86, será de responsabilidade da empresa Sengel Construções, contratada via licitação, e deve começar no prazo máximo de cinco dias, sendo que sua execução está prevista para ser concluída em 14 meses.

O trabalho será executado em duas frentes: uma para a restauração do Centro Cultural da Romaria e outra para a construção do Teatro Municipal. De autoria do arquiteto Sylvio de Podestá, o projeto prevê a integração desses espaços ao Parque Ecológico da Romaria.

A Romaria passou a abrigar, em 1995, uma grande estrutura destinada à preservação da história, da cultura, das artes, do lazer e do turismo de Congonhas. Para dar continuidade ao projeto idealizado naquele ano, o arquiteto Sylvio de Podestá adequou as novas demandas culturais do Município, promovendo sua repaginação com uma interpretação contemporânea face sua verdadeira vocação.

Assim, o novo projeto vai fomentar o desenvolvimento artístico e cultural da cidade, cujo espaço será aberto a vários grupos que participarão de um vasto programa de atividades.

O espaço terá novas instalações, seguras, conforme as normas técnicas vigentes, e acessível, além de proporcionar locais agradáveis que permitam a permanência de seus usuários e a interação social dos diversos segmentos culturais.

O secretário municipal de planejamento, Antônio Odaque, explica que, após sua demolição, o projeto da Romaria contemplava um espaço para aulas de dança e um teatro. Para dar continuidade a essa ideia, foi contemplada, no novo projeto, a construção do Teatro Municipal de Congonhas. “A exemplo de todas as cidades históricas de Minas Gerais, vamos ter uma teatro municipal, exatamente na área de maior importância cultural em Congonhas, porque é a região tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade. Teremos um novo teatro, para quase 300 lugares. Aliado a isso, faremos a requalificação das ruas da Recordação e Alípio Barbosa”, diz.

A secretária municipal de Obras, Rosemary Aparecida Benedito completa: “Essa é uma luta pela qual estivemos trabalhando desde 2013. Saímos à frente e conseguimos essas vitórias. O IPHAN nos deu credibilidade porque tínhamos os projetos em mãos, íamos à Brasília. Estávamos pleiteando o custo para a reforma da Romaria e sabíamos que tinha um teatro a ser construído. Chamamos o arquiteto Sylvio Podestá e aí engrenamos essa possibilidade. O IPHAN, com toda a boa vontade, incorporou essa ideia e liberou o orçamento”.

História

Localizada na Alameda Cidade de Matozinhos de Portugal, dentro da área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a Romaria era utilizada como pousada de romeiros e abrigo aos milhares de fiéis que vinham à cidade de Congonhas participar da centenária festa do Jubileu do Senhor Bom Jesus.

Sua construção é do início do século, e foi desativada no início da década de 60 pela administração do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, foi vendida a um grupo empresarial do Rio de Janeiro, que pretendia construir ali um hotel ou um conjunto habitacional. Da obra original, demolida em 1966, só restaram os pórticos de entrada do antigo prédio, mantendo as características arquitetônicas do projeto original com parte dos alicerces de pedra de uma das antigas alas.

Em 1993, a Prefeitura recuperou o terreno, resgatando um valioso patrimônio de sua história, com a contratação do projeto arquitetônico, de autoria do arquiteto Sylvio de Podestá, compreendendo a restauração do pórtico, a reconstrução das quatro alas, a construção de um anfiteatro e um teatro, na parte posterior da Romaria.

A Nova Romaria foi especialmente projetada para reunir harmoniosamente, em um espaço vivo e dinâmico, tornando um ponto de encontro e realização de shows e outros eventos culturais, o Museu de Mineralogia, restaurante e parte administrativa da FUMCULT – Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo.

A execução da obra foi iniciada, e concluída parcialmente, sendo inaugurada em 30 de julho de 1995, a restauração dos pórticos e as quatro alas. O anfiteatro e o teatro não foram executados.

Serviços instalados na Romaria

Além de ser um Centro Cultural, a Romaria abriga setores da Administração Pública, que estão sendo transferidos para outros locais. Apenas o estúdio da Rádio Educativa (FM 97.5) continua funcionando no espaço.

A Secretaria Municipal de Comunicação e Eventos (SECOM) está funcionando no Museu de Congonhas, à Alameda Cidade de Matosinhos de Portugal, 77, Basílica.

A Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo (FUMCULT) está sendo transferida para a Estação Ferroviária de Congonhas, na região central da cidade. Os serviços devem se normalizar até o fim da semana. Os telefones

Já a Secretaria Municipal de Cultura começa a funcionar, a partir da próxima semana, na Rua Bom Jesus, 206, Ladeira Histórica – Centro.