Colunista - Emanuel Tadeu

Arcanos da Morte

Por Emanuel Tadeu

01/11/2018

 

 

 

 

 

Desinquieta criatura

Caminha sem um ritmo

Vaga no mundo

Anda sem destino.

 

Ó Morte, onde estás?

Por onde andas?

Qual o próximo lugar?

Onde vais pernoitar?

 

Por que nos leva sem avisar?

Qual motivo de tal crueldade?

Estava há pouco ali

Agora não mais sorri.

 

Não és tua a culpa

Mas tão somente nossa

Pois não sabemos conviver

Choramos amigos

Os quais não tivemos tempo de rever.

 

Abraços não dados

Sorrisos não correspondidos

Perdão não consentido

Coração arrependido.

 

Perdoa nossa dureza

Que nos encontre preparados

Leva-nos a Deus

Alegria de Filhos amados.

 

Ó Morte, nossa irmã

Não assustas tanto

Quem vive de acordo

Com o saber santo.

 

Descansa em paz!

No suave adormecer

Espero, um dia, tua visita

Descalço em meu ser.

 

Emanuel Tadeu é um poeta, neste instante do existir, buscando no simples o extraordinário que se manifesta. Natural da pequena Rio Espera, de uma singela família. É Seminarista da Arquidiocese de Mariana e Bacharel em filosofia pela Faculdade Dom Luciano Mendes.