Na sequência de comemorações dos meus trinta anos. É, meus caros, trintei e ainda virá um texto sobre. Bom, nas comemorações salteadas, eu fui encontrar uma grande amiga, que a gente se vê umas três vezes no ano. Cada encontro é mais especial que o outro, me enche de vida e boas reflexões. Desta última vez ao tentarmos marcar data e horário ela me diz “precisamos regar nosso cacto da amizade”.

Regar o cacto da amizade? Ela me explicou brevemente como a planta que não precisa ser regada com frequência, mas ainda assim precisa para não morrer. Com essas palavras ela definiu nossa amizade.

Fiquei intrigada com aquilo por alguns dias. E aí nasceu este texto, para falar da importância da amizade cacto, ou do cacto da amizade.

Você pode ter violetas (na janela), flor da fortuna, begônias, rosas ou o que for no seu jardim da amizade. São essas que exigem um cuidado diário para que vivam, que na ânsia de ver florescer você dedica mais atenção. E, no meio destas há sempre um cacto, aquele que não regamos todos os dias, mas vez ou outra precisa do cuidado.

O cacto está ali, em meio a todas as outras, verdinho, firme. Não precisa de atenção diária, não exige agua com frequência, exige apenas que exista pra você. Ele só precisa que você o leve pra casa, que o tenha em seu coração.

É aquela amizade que você não foi muito com a cara inicialmente, mas depois de um tempo você pensa até em colecionar. Encher de cactos à sua volta, afinal ele tem sua beleza rara, vive à luz do sol, e –ufa- não cobra atenção diariamente. Como bônus pela confiança, fé e paciência, ele vai florir. Uma flor tão rara quanto ele.

Então, ouso concluir que a amizade cacto tenha mais a nos ensinar do que as demais.

O cacto é aquela amizade que você não precisa enviar mensagem todos os dias, precisa apenas que de vez em quando você o regue com o melhor que possa ter, como a água que é essencial à vida.

Meu convite hoje é, olhe com mais amor e paciência para as amizades que você não precisa regar todos os dias. E que quando chegue o momento de aguar você o faça com presença, com cuidado e coração aberto, para que as flores – em seu tempo - venham a nascer e transformar seu coração.

A você, minha amiga cacto, desejo toda a luz do sol para iluminar nossa amizade que só produz maravilhosas flores.

Manu Drumond é viciada em café, é apaixonada por pessoas e suas histórias. Nasceu no interior de Minas, mas fez de Beagá seu lar. Formada em Jornalismo e especialista em Redes Sociais.  contato@manudrumond.com